Flamengo abre vantagem no clássico das massas pela libertadores.

Roberto Carlos e Wagner Love disputam o jogo debaixo de muita água.

Atípico, essa é a palavra que pode definir o jogo de ontem, chuva, a disputa entre dois dos maiores ídolos do futebol brasileiro, as duas maiores torcidas do país. Mas, o que teria definido o placar final de 1 x 0 para o Flamengo? A perseverança de equipe carioca ou a teimosia de Mano Menezes em insistir em jogar pragmaticamente?

No início do jogo não se via futebol, o que se observava em campo era uma "pelada" jogada debaixo, ou se preferir em cima, de muita, mas, muita água onde os astros dos clubes mal conseguiam se movimentare articular suas jogadas. Dentinho da equipe corinthiana até então era o destaque do jogo, pois conseguia se movimentar bastante mesmo com a chuva, tanto, que em meados do primeiro tempo conseguiu arrancar a expulsão de um jogador rubro negro.

Foi nessa hora que dentro do Maracanã só se escutava a torcida Corinthiana grutando e apoiando o time, sentindo o bom momento. A chuva começava a dimunuir eos torcedores daequipe paulista já começavam a esfregar as mãos, com um jogador a mais e o campo mais leve, o que se esperava de Mano Menezes era um time mais ofensivo no segundo tempo. O Corinthians tinha entrado com 3 volantes pro jogo, então raidamente pensando o ofuscado Elias quemal apareceu no jogo poderia dar lugar a Jorge Henrique, o que traria a posse de bola ao Corinthians e causaria uma correria sem fim pra cima da equipe carioca.

Elias, Wagner Love e a companheira, a chuva.

Mas não foi isso que seviu, os times voltaram com as mesmas formações e o Flamengo dominou o Corinthians, chegando até a parecer que quem tinha um homem a mais em campo era a equipe do Flamengo. A equipe carioca foi infinitamente melhor, criou jogadas e cutucou, cutucou, cutucou. Até que Moacir sucumbiu a pressão rubro negra no maracanã e derrubou Juan dentro da área, pênalti, que fez explodir o Maracanã. Adriano pegou a bola e ficou frente a frente com Júlio César, acredito que poucos corinthianos acreditavam naquele momento que Júlio conseguisse vencer o imperador. E realmente não foi o que aconteceu, gol de Adriano, sacramentavasse naquele momento a perseverança flamenguista e a teimosia corinthiana.

Entraram Yarlei e Jorge Henrique, saíram Danilo e Dentinho, sim, Dentinho, justamente o melhor jogador do ataque corinthiano até então. Daí pra frente o que se viu foi um Corinthians com posse total de bola, onde hora ou outra o Flamengo roubava e partia para o ataque, chegando até a obrigar Júlio César a fazer uma excelente defesa numa cabeçada de Adriano onde a bola ainda resvalou no travessão. E não passou disso, pela teimosia de Mano Menezes ou pela perseverança Flamenguista, o resultado foi justo. Venceu o melhor em campo, ou se preferir o menos pior.

Agora o Flamengo vem a São Paulo daqui sete dias com uma vantagem imensa, pois vale lembrar que gol fora de casa tem peso dobrado, e a equipe corinthiana além de ter que marcar, vai ter que se preocupar e muito com não tomar gols, mas, para os corinthianos (como eu) tudo bem, tudo em casa, nada fora do previsto, dizem que nos lados do parque São Jorge, nada nunca foi fácil.